quarta-feira, 11 de novembro de 2020

Fú-til

 Como definido no dicionário: "Quem valoriza o que é considerado superficial ou apenas material".

Eu sou fútil, considero-me um pouco assim, isto porque gosto das coisas à minha maneira. Mando e pronto. Agora, o que será que fútil tem a ver com controlar?

Por gostar das coisas à minha maneira valorizo imenso os pormenores e bens materiais, que para maioria são considerados superficiais, não sei… Detesto loiça mal lavada, ou um lava-loiças sujo, ou ovos mal colocados numa caixa, ou mesmo um bolo mal cortado. Poderia fazer uma lista interminável dos meus triggers de OCD (porque são mesmo muitos), mas não acho que valha a pena.

Por isso sim, sou fútil. Ao menos consigo admitir, não ando a negar a minha essência como muitos deambulantes por aí.

Gosto de pensar que um dia posso viver num mundo em que as pessoas tem mais medo de magoar ou outros e serem más pessoas do que de admitir os seus defeitos. Se não nos conseguirmos aceitar na nossa plenitude, ou seja, vivermos confortáveis dentro da nossa imperfeição, como é que podemos esperar que o nossos pares nos aceitem ?!

Será que uma pequena mudança como sermos corajosos e nos aceitarmos nos nossos defeitos,  pode ser uma engrenagem para alterar as maquinações do mundo maquiavelista ??

Acredito que seria muito importante, mas se calhar a humanidade já está demasiado perdida, num ponto sem retorno?

Questões, questões, questões …

                    Talvez, um dia tenha respostas… 

terça-feira, 10 de novembro de 2020

Memories

Those little recollections and fragments that insist on pilling up and gathering to construct small videos in our minds. It seems illogical that a logical process like this could be fallible and manipulated.

Dreams usually mix up with memories, maybe because they are both formed in the cerebral cortex, and this maybe overflow the brain e confound them.

So, when you're dreaming are you remembering, maybe past lives? Or when you are remembering, are you reliving dreams, you never remember dreaming?

And of course, you have the good and bad designations for memories. For me, its always easier to remember something good, and as an imperfect human being, which means being a real one, I prefer to forget the bad things, or simply ignore it.

There's a joy in having a memory of my childhood laugh, when it happened that choosing or wanting to remember one more slap from my dad. 

So, memories, the duality of things. As everything, there is imperfection in being perfect, so I don’t consider memories as good or bad.

Á TOA

        Dizem que os melhores momentos da vida são inesperados. Mas de facto questiono-me quão inesperado ou inimaginado é aquilo que nos acontece.

Há pessoas que acreditam no destino, ou em que de alguma forma partes do nosso caminho estão predestinados, ditados digamos assim. Destino, acaba por ser uma palavra engraçada, pelo facto que há pessoas a crer nesta palavra tanto ou mais que numa religião.

Se me perguntarem não sei bem aquilo em que acredito. Ou melhor, acredito no que vejo, e vejo eu que gosto de viver o presente, sem pensar se alguém me manda ter aquela ação. Creio que ajo porque quero e não pelo o outro, no entanto, não descarto a possibilidade de algo maior que eu. Mas ser maior que eu, não significa que manda em mim. Até que ponto é que me deixo reger por algo ? Não sei…

        Prefiro ser mais um membro à toa da sociedade do que alguém que se obriga a inferiorizar a ser mandada por algo inexplicável, só para caber numa caixa à qual não quero pertencer… 

domingo, 8 de novembro de 2020

Felicidade

Há uma pergunta que me assusta responder: "És feliz?"
A resposta padrão é sempre que sim, mais que não seja para não levantar ondas. A verdade é que não sei dizer e tu sabes ?

O que é a felicidade ?? Um conjunto de parâmetros que temos de cumprir ? Do género se não cumprires a alínea c) da lista de tarefas da felicidade, não podes responder a esta questão ?? Uma coletânea de momentos passados e presentes que influenciam a tua forma de estar ?  Ou a simplicidade com que se aprecia as pequenas coisas da vida, que acaba por pôr um pequeno sorriso nos lábios ?

Não consigo até hoje definir felicidade. 

Sei que não é eterna, a nossa vida não tem só momentos felizes, por muitos que nos esforcemos ou sejamos a pessoa mais otimista do mundo, não conseguimos tornar algo menos bom na fonte de parte da nossa felicidade, quanto muito podemos ganhar força nesse acontecimento para mudar a forma como estamos, mas não extrair dele razão para um sorriso.

Felicidade,

                        algo complicadamente simples.

Confusion

 Mind drifting away

Heart not settling down

Me wanting to stay

Answers no where to be found


Convincing myself not to feel

That I'am not ready to be

Knowing my heart is made of steel

Begging to be able to see


Craving that exasperation

Turns into afirmatiom


Blurred thoughts equal

Mind knots

Flor de Jardim

Era uma vez uma pequena flor 

que nasceu no meu jardim

só me causou dor

mas era só minha, enfim


Um dia perdi a flor´

aquela bonita parte de mim

eu cortei-a, enfim


A essa flor só a mim me cabia cuidar

e quando a cortei, arrependi-me a chorar

era a minha flor e só a queria estimar.

Mas no meu jardim, eu não a podia regar


Eu só te queria flor

por muito que me pudesses causar dor

Eras fruto só do meu primor


Tanto chorei, que o jardim sangrou

E hoje já não choro com tudo o que me magoou


A minha flor morreu e não há de florescer outra como tu

Mas também não queria, pois serás sempre o tabu


sábado, 18 de janeiro de 2020

Solidão...


Um sentimento constante, a presença da minha vida que nunca me desilude, mesmo rodeada por uma multidão, ao piscar os olhos naquele milissegundo de escuridão consigo submergir este sentimento.
Sim consigo, consigo porque somos nos que o chamamos, ou melhor aceitamos ou lutamos contra a sua presença.

Lutar já não é solução, o desgaste, a energia, eu já não tenho, então eu abraço a solidão, dou-lhe o calor dos meus dois braços que já não aquecem ninguém e espero que em troca não seja consumida pelo seu fogo.

Aprender a estar só e abraçar a solidão são duas coisas diferentes...

Acho que ainda não sei estar só, substituo umas faltas com outras coisas para não sentir completamente o vazio, mas sei abraçar a solidão e preciso da sua presença na minha vida, para me dar algum recheio e manter-me em terra, quando deambulo nos meus pensamentos.

Estranho pensar isto tudo e saber que muitas vezes escolho estar sozinha. simplesmente não quero ver ninguém ao meu lado, até afasto pessoas da minha vida quando sei que elas apenas pertencem a momentos transitórios ou etapas, talvez como mecanismo de defesa por todas as perdas que já passei ou simplesmente porque acho que não mereço ser feliz.